Data e hora

21/09 • 20h30

Sesc Campinas
Ginásio

22/09 • 19h30

Sesc Campinas
Ginásio

Duração: 50 min.

Recomendação etária: 18 anos

Ingressos
Inteira R$ 30,00
Meia R$ 15,00
Credencial Plena R$ 9,00

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Égua

Espetáculo | Josefa Pereira e Patrícia Bergantin

Data e hora

21/09 • 20h30

Sesc Campinas
Ginásio

22/09 • 19h30

Sesc Campinas
Ginásio

Duração: 50 min.

Recomendação etária: 18 anos

Ingressos
Inteira R$ 30,00
Meia R$ 15,00
Credencial Plena R$ 9,00

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Josefa Pereira e Patrícia Bergantin
Brasil, SP

“Uma égua não é um cavalo, e isto é muita coisa”, afirmam Josefa Pereira e Patrícia Bergantin, performers criadoras do espetáculo Égua. Dentro desse “e isso é muita coisa” estão as diferentes conotações de “cavalo” e “égua” relacionadas ao gênero destes animais. Enquanto o primeiro, o macho, é associado à força e à beleza, a segunda, a fêmea, evoca um imaginário pejorativo, que é confirmado inclusive através de expressões populares que reduzem o ser fêmea à sua função sexual/reprodutora de modo pejorativo e em função do macho. A mesma dinâmica pode ser aplicada a “homem” e “mulher”. “Foram essas relações entre bicho e gente, ‘cavala’ e mulher e os pré-conceitos intrínsecos nesses sensos comuns que impulsionaram a criação do trabalho. Até hoje, performá-lo ativa em nós a força de um manifesto”, contam as artistas.

Premiada pelo 21º Cultura Inglesa Festival, em 2017, a coreografia se inspirou, entre outros materiais, nas artistas e obras de P. J. Harvey, Kim Gordon e Patti Smith, além de um recorte de obras literárias e cinematográficas que permitiu uma abordagem de subjetividades outras, estranhas aos parâmetros do dito “civilizado”. As coreógrafas investigam a estética urbana e sintética do rock, que traz uma característica do selvagem enquanto atitude, em fricção com o selvagem cru do comportamento animal, mais orgânico e instintivo.

O conceito de “selvagem” na peça comparece não como um fetiche de algo exótico a ser apreciado ou consumido e sim enquanto uma característica inata e persistente, que ativa um permanente campo de experiências no qual as artistas assumem uma relação com o tempo presente revelando o que dele emerge. Nesse sentido, a investigação permeia o que seria um devir animal, isto é, não representar um cavalo, mas experimentar “estar cavala”.

FICHA TÉCNICA
Concepção, direção e performance: Josefa Pereira e Patrícia Bergantin
Desenho e operação de luz: Aline Santini
Desenho sonoro: Luisa Puterman
Operação de som: André Teles

(Foto: Micaela Wernicke)

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