21/09 • 18h30
22/09 • 18h30
Recomendação etária: 12 anos
Espetáculo | Thelma Bonavita
21/09 • 18h30
22/09 • 18h30
Recomendação etária: 12 anos
Thelma Bonavita
Brasil / Alemanha
A artista Thelma Bonavita remonta o espetáculo Eu sou uma fruta gogoia em três tendências após dez anos de sua criação. O processo de remontagem, que originou Eu Sou uma Fruta Gogoia, em Tendência Não Binária propõe pensar o que considera os três eixos principais do fazer artístico da dança contemporânea: transmissão, memória e modos de criação.
A peça, contemplada pelo programa Rumos Itaú Cultural em 2009, trata dos efeitos e ecos do tropicalismo e do uso de linguagem cifrada como estratégia de burlar a censura durante os anos 1970 no Brasil, o qual passava pelo chamado “anos de chumbo”. Além de evidenciar a presença do legado da antropofagia de Mário de Andrade (1893-1945), canibalizando tanto a música Fruta Gogoia como Gal Costa, que foi um sex symbol no mesmo período.
Nesta nova versão, o espetáculo tem o jovem artista Pedro Galiza como convidado. “A escolha de um performer não binário aprofunda a discussão do aspecto queer e feminista da primeira versão da peça. Decorrente tanto do novo contexto quanto do novo performer, existem alterações em sua fiscalidade e visualidade: essa ‘gogoia’ é gótica e não binária”, diz Bonavita.
A maior parte processo de remontagem se deu pela internet, por meio de trocas via Google Docs e mensagens de áudio e vídeo no WhatsApp. A obra se estruturou através de análises do cenário atual brasileiro, da biografia do artista convidado e se baseia em uma partitura triádica: tendência a flutuar, tendência transitiva e tendência mutante.
FICHA TÉCNICA
Partitura coreográfica, visualidade e orientação do processo: Thelma Bonavita
Material coreográfico e autobiográfico e performance: Pedro Galiza
Iluminação: Mirella Brandi
Produção: Dora Leão / PLATÔ produções
(Foto: Marcio Vasconcelos)